domingo, 24 de abril de 2011

wolfmother - wolfmother (2005)



Da esquerda para a direita: Myles Heskett (baterista), Andrew Stockdale (vocalista e guitarrista) e Chris Ross (baixista e tecladista)





Tenho ouvido de muitas pessoas ultimamente que o rock não é mais o mesmo, que as bandas de antigamente decaíram demais, que o rock está morto, etc. Os amigos certamente já devem ter ouvido algo do tipo também. Bom, que o rock não é mais o mesmo é fato consumado, mas que o rock está morto, para nossa felicidade, ainda está bem longe de ser verdade. Há muitas bandas surgidas no final da década de 1990 e começo da década de 2000 que têm uma qualidade fenomenal. Porém, a maioria delas, a meu ver, peca por um único detalhe: elas não conseguem fugir do lugar-comum, uma sonoridade comum a todas elas, como se fossem entrelaçadas entre si. Mas algumas poucas conseguiram se libertar deste padrão, resgatando, por muitas vezes, a sonoridade de bandas dos anos 1970 e, particularmente, 1980. E é uma dessas bandas que merece o post de hoje: o Wolfmother.

Aliás, quero chamar a atenção para mais um fato sobre o Wolfmother que eu julgo ser relevante: a banda foi formada em Erskineville, no subúrbio da cidade australiana de Sydney. Pois é, é do país famoso pelos cangurus e por ter revelado ao mundo o AC/DC que vêm as maiores pérolas do rock atual, seguindo cada qual um estilo muito peculiarmente seu. Em outros posts, pretendo mostrar algumas outras delas.

Mas voltemos ao Wolfmother. A banda foi formada em 2000, por um jovem chamado Andrew Stockdale. A princípio, dedicou-se a fazer pequenas jams em barzinhos da cidade de Sydney. A banda só teve certa notoriedade em 2003, com o lançamento de seu primeiro EP, denominado Wolfmother. A banda já caracterizava-se fortemente pelos vocais de Stockdale, que lembra muito, a meu ver, o vocal de Robert Plant (eterno vocalista do Led Zeppelin) e o ritmo alucinante que Myles Heskett (baterista) e Chris Ross (baixista e tecladista) impunham à banda.

Em 2005, depois de participar de festivais como o Homebake e o Big Day Out, a banda decide arrumar as malas em direção aos EUA. Lá, é gravado o debut da banda, auto intitulado, título do post. Riffs secos e diretos quando necessário, bem ao estilo do Black Sabbath (porém com temas não tão sombrios), mas também com toda a cadência e inventividade do Deep Purple. Logo de cara, a banda emplaca alguns hits: Dimension, Pyramid e Joker and the Thief são escaladas para jogos e trilhas sonoras de filmes, onde a banda ganha a atenção do público jovem. Woman, sem sombra de dúvidas o maior sucesso do grupo, leva o Grammy na categoria Melhor Desempenho de Hard Rock de 2007, além de ser emplacada no console PS2, no jogo musical Guitar Hero.

Em 2009, já com uma nova formação (Aidan Nemeth na guitarra base, Ian Peres no baixo, no teclado e nos backin' vocals e Dave Atkins na bateria, além de Andrew Stockdale na guitarra solo e nos vocais), a banda lançou seu segundo disco, Cosmic Egg. Embora o disco tenha sido bem recebido pela crítica, entre os fãs ficou um gostinho de "quero mais", em decorrência do excelente trabalho desenvolvido no debut. As músicas White Feather e New Moon Rising são os principais hits, sendo que esta última ganhou uma considerável notoriedade por aqui ao ter seu clipe exibido pela MTV e pelo Multishow. Em 2010, Dave Atkins deixa a banda, dando lugar a Will Rockwell-Scott nas baquetas. Especula-se um lançamento ainda para este ano de 2011.

Track List

1. Colossal
2. Woman
3. White Unicorn
4. Pyramid
5. Mind's Eye
6. Joker and the Thief
7. Dimension
8. Where Eagles Have Been
9. Apple Tree
10. Tales from the Forest of Gnomes
11. Withcraft
12. Vagabond

Você pode baixar o álbum aqui.