Ingo Schwichtenberg, Michael Weikath, Michael Kiske,
Kai Hansen e Markus Grosskopf
Em meados dos anos oitenta, em clara resposta à crescente onda de vertentes extremas que emergiam no cenário, surge o power metal, uma espécie de heavy metal mais melódico que o habitual, combinando voz limpa e aguda, temas épicos e rapidez na execução. A teoria corrente defende que o estilo teve sua formatação definitiva com a banda Helloween e eu defendo que os alemães não têm a menor culpa sobre o flower metal que bandas como Rhapsody of Fire e Dragonforce fazem hoje em dia alegando suas influências.
O álbum que vos trago é a compilação de um show realizado em Edinburgh, quatro dias antes do meu nascimento, por aquela que talvez seja a melhor formação do grupo: o vocal potente do jovem Michael Kiske, as bem-casadas guitarras de Kai Hansen e Michael Weikath, a linha melódica concisa e sem virtuosismos desnecessários do baixo de Markus Grosskopf e a bateria de Ingo Schwichtenberg que seria copiada sem o menor pudor por bandas mundo afora.
Diga-se de passagem, toda a sonoridade elaborada pelos Helloween cedo ou tarde seria alvo de réplica, cada vez com menos peso e mais floreios.
Esta é uma banda extremamente técnica e, ao contrário do que a tendência sugere, seu primeiro registro oficial ao vivo não é nada burocrático. Temos um trabalho de músicos entrosados, íntimos da plateia escocesa e bastante à vontade para imprimirem seu ritmo. Vale também pela versão de How Many Tears (única do clássico Walls of Jericho que figura na setlist) na interpretação do Kiske.
Track List
1. A Little Time
2. Dr. Stein
3. Future World
4. Rise and Fall
5. We Got the Right
6. I Want Out