Meados de 1982. O general Leopoldo Galtieri havia assumido há pouco o governo argentino. A ditadura platina já não tinha a força de outrora, e Galtieri precisava manter a situação sob controle, de alguma forma. Foi proposto, então, que a Argentina declarasse guerra à Inglaterra (à época governada pela "Donzela de Ferro" Margareth Thatcher) para requisitar o domínio sob as ilhas Malvinas (ou ilhas Falkland), além dos arquipélagos de Sandwich e Geórgia do Sul. Galtieri contava com a proximidade do território de seu país em relação à área de conflito para vencer a peleja; no entanto, as tropas britânicas eram muito superiores tecnologicamente, e o conflito foi razoavelmente curto. O saldo: 649 soldados argentinos mortos, contra 255 baixas britânicas, além de três civis das Falkland. Thatcher consegue se reeleger em 1983, e Galtieri renuncia em 18 de junho de 1982, quatro dias após o fim da guerra.
Ainda no começo da década de 1980, as mentes jovens inglesas davam início a uma explosão pelo país. Não era nenhuma revolta armada; os jovens empunhavam suas guitarras e saíam pelos bares londrinos atrás de um bom heavy metal. Era a New Wave of British Heavy Metal (NWoBHM, Nova Onda do Heavy Metal Britânico, em tradução livre), um movimento musical que lançou ao mundo bandas como Iron Maiden, Saxon, Venom e Def Leppard, além de ser influência para todo o metal subsequente a ele. Não demorou muito, a febre proliferou-se pelos países da Europa, chegou com força nos Estados Unidos e pouco a pouco foi chegando nos países latinos.
Mas não na Argentina. O orgulho ferido na questão das Malvinas fez com que fosse ditada uma barreira contra tudo que tivesse origem inglesa - inclui-se aí, claro, o heavy metal. No entanto, em tempos de Guerra Fria, além de um clima caótico que começava a emergir no país, com altos índices de desemprego e com cidadãos fortemente reprimidos pelo governo ditatorial, a rebeldia arrebatava a mente dos jovens platinos, tal qual ocorrera na Grã-Bretanha. Não demorou muito, surgiu uma NWoBHM em versão hermana - atrevo-me a denominar tal movimento NOdHMA, Nueva Ola del Heavy Metal Argentino. Bandas como o Rata Blanca, o V8, o Flema, o La Torre e o Hermética surgiam a cada esquina em Buenos Aires.
No mês de maio, a Rolling Stone, o maior veículo de comunicação impressa do meio rock/metal no Brasil, vai trazer uma matéria especial sobre o tema. A revista, que chegou às bancas no último dia 15, trata de fazer um paralelo entre o conflito armado entre os países e suas consequências para a música portenha, em particular para o metal - hoje, o público argentino é o que mais gasta dinheiro com shows no mundo todo, mais que os próprios ingleses. Uma ótima dica de leitura para o final deste mês.
Ainda no começo da década de 1980, as mentes jovens inglesas davam início a uma explosão pelo país. Não era nenhuma revolta armada; os jovens empunhavam suas guitarras e saíam pelos bares londrinos atrás de um bom heavy metal. Era a New Wave of British Heavy Metal (NWoBHM, Nova Onda do Heavy Metal Britânico, em tradução livre), um movimento musical que lançou ao mundo bandas como Iron Maiden, Saxon, Venom e Def Leppard, além de ser influência para todo o metal subsequente a ele. Não demorou muito, a febre proliferou-se pelos países da Europa, chegou com força nos Estados Unidos e pouco a pouco foi chegando nos países latinos.
Mas não na Argentina. O orgulho ferido na questão das Malvinas fez com que fosse ditada uma barreira contra tudo que tivesse origem inglesa - inclui-se aí, claro, o heavy metal. No entanto, em tempos de Guerra Fria, além de um clima caótico que começava a emergir no país, com altos índices de desemprego e com cidadãos fortemente reprimidos pelo governo ditatorial, a rebeldia arrebatava a mente dos jovens platinos, tal qual ocorrera na Grã-Bretanha. Não demorou muito, surgiu uma NWoBHM em versão hermana - atrevo-me a denominar tal movimento NOdHMA, Nueva Ola del Heavy Metal Argentino. Bandas como o Rata Blanca, o V8, o Flema, o La Torre e o Hermética surgiam a cada esquina em Buenos Aires.
No mês de maio, a Rolling Stone, o maior veículo de comunicação impressa do meio rock/metal no Brasil, vai trazer uma matéria especial sobre o tema. A revista, que chegou às bancas no último dia 15, trata de fazer um paralelo entre o conflito armado entre os países e suas consequências para a música portenha, em particular para o metal - hoje, o público argentino é o que mais gasta dinheiro com shows no mundo todo, mais que os próprios ingleses. Uma ótima dica de leitura para o final deste mês.